Pensando em 'fugir' da academia?
22 de abril de 2009
Por Maria Carolina Maia
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São muitas as pesquisas que relacionam prática de exercícios e bem-estar emocional e também comprovam os benefícios de uma rotina de treinos para o funcionamento geral do organismo. Ainda mais numerosos, certamente, são os filmes, folhetins e comerciais estrelados por corpos torneados em academias. Com tanto estímulo, seria de se esperar que a população estivesse migrando em massa para as academias de ginástica, e nelas criando raízes. Não é o que diz uma pesquisa realizada pela associação de academias dos Estados Unidos, a International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA). De acordo com o levantamento, quase metade das pessoas desiste do treino antes de completar três meses. Entre as razões, dizem especialistas, podem estar a falta de hábito e de vínculo afetivo com o local.
Fazer amigos na academia é, por isso, uma das dicas da personal trainer Ana Cristina Ramos. Paqueras também valem. "A academia onde trabalho procura sempre realizar eventos para integrar os alunos, porque a questão social contribui muito para a assiduidade", diz. "Para uma academia, o pior aluno é aquele que paga e falta, porque vai acabar se desligando." Fabianna Queiroz, consultora de uma rede de academias especializada no público feminino, dá outra dica: escolher uma atividade atraente, que propicie o maior prazer possível. "Não existe exercício ruim, o que existe é uma incompatibilidade entre uma pessoa e uma determinada atividade." Confira orientações de especialistas para perseverar na prática esportiva.
Uma outra questão, afirma Ana Cristina, é a paciência. Muitos buscam resultados imediatos e se frustram se eles não vêm. "A resposta em três meses, por exemplo, é pequena, e a pessoa pode se frustrar." Traçar objetivos e monitorar resultados é, assim, outra sugestão para quem quer persistir na academia. Em um trimestre o corpo pode se iniciar no saudável e saboroso hábito da endorfina, hormônio que é liberado durante o exercício e que propicia a sensação de bem estar. "O indivíduo pode ficar como que viciado naquilo, chegando a sentir falta quando deixa de se exercitar", explica o endocrinologista Walter Bloise.
Estômago - O médico ressalta também a importância de uma alimentação adequada como meio de garantir uma maior sobrevida como atleta. Para os corredores - de esteira e de ginástica, mas especialmente para os que conduzem a atividade num nível profissional -, a indicação são os açúcares. Glicose (leite, frutas, verduras), frutose (frutas, vegetais e mel) e sacarose (açúcar comum) são tipos de carboidrato e constituem fontes de energia de utilização fácil, isto é, de metabolização rápida. "Quem faz esteira na academia e busca emagrecer, deve comer pelo menos um pouco de glicose. O alimento é o nosso combustível", diz Bloise. "Corredores profissionais precisam comer mais."
Já quem pratica esporte na água, assim como quem é adepto da musculação, deve partir para uma dieta mais leve: um copo de leite ou de suco, acompanhado de uma banana, por exemplo, é um menu indicado antes de cair na água. "Uma refeição pesada, nunca", enfatiza o médico, para quem a quantidade e a antecedência das refeições varia de uma pessoa para outra. Gordura, por outro lado, é um item a ser evitado sempre, em qualquer caso.
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